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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A catástrofe no Rio de Janeiro sob outra ótica


Apesar de vivermos um momento de comoção nacional. Não é a tragédia que acomete os Estados de Minas Gerais, São Paulo e principalmente Rio de Janeiro, o que mais me deixa enlutado ( é claro que me sinto consternado com isso), mas a constatação de que estamos relegados à própria sorte.

Ao contrario de tragédias como o furacão Katrina  que atingiu Nova Orleans em 2005, e provocou uma devastação de proporções nunca vista antes naquele pais. A tragédia nos Estados do Sudeste não é fruto do imponderável. Pelo contrario, são acontecimentos já esperados na medida em que se repetem ano a ano.

Em 2010, o ano começou com chuvas intensas, e tragédia no Morro do Bumba em Angra dos Reis. Dois anos antes disso em 2008, o alvo da força das águas foi Santa Catarina e a tragédia deixou 137 mortos, e mais de 60 cidades afetadas. O interessante mesmo é que a ação das águas nessa época do ano é um fenômeno comum. O problema não é a chuva, sem ela seria impossível a natureza completar o ciclo da água. Mas uma convergência infeliz de fatores que culminam nesses tristes acontecimentos.

A inércia do poder público, a omissão de técnicos do governo e a imprudência dos moradores. São fruto da coincidência e do mero acaso? Acho que não.

Em alguns países como a Austrália há um sistema anti-catástrofes, que na pior das hipóteses, se todas as providências das autoridades falharem, emite um alerta capaz de salvar todas as pessoas no raio de muitos quilômetros ao redor do local acometido pelo infortúnio.

O que falta então, para não mais sofrermos este tipo de desgraças “naturais”?

Falta mobilização por parte de quem tem o dever de zelar pela vida do público em geral.

Sobremaneira, há ciências e tecnologias que dão a possibilidade de realizar mapeamentos em áreas de risco. A metereologia não é uma ciência exata, mas ajuda consideravelmente na antecipação das chuvas e conseqüentemente na prevenção de acidentes como estes. Similarmente, a conscientização do povo, no que se refere ao risco de morar em encostas, e o treinamento de fuga ou evacuação no caso de catástrofes, são medidas simples, mas de muito valor nessas horas.

Em meio a isso, é possível notar a louvável ação popular, no envio de donativos e suprimentos a fim de minorar os efeitos da tragédia. O povo deste pais é mesmo solidário, disso não resta dúvida.

De outra maneira, o Brasil estuda a possibilidade de implementar um sistema de alerta de catástrofes só em 2015. Por enquanto ficamos a mercê do tempo. Tire suas próprias conclusões.

Do autor, Jonata. Obrigado.

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