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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A era das aparências



Já dizia a minha querida avozinha: “Um homem é feito de honra, caráter, honestidade, etc.” É claro que deste rol advém muitas outras qualidades, que neste momento não convém listar, dadas as semelhanças que apresentam entre si.

Ocorre que, em tempos recentes, os valores de moral outrora tão apreciados tem sofrido um fenômeno, antes apenas observado no campo da economia – a desvalorização.

Na ciência econômica, o bem, seja ele móvel ou imóvel, perde valor quando seus atributos físicos, internos ou externos, sofrem quaisquer tipos de degradação provenientes de fatores endógenos ou exógenos. É comum, porém, tomar como padrão de avaliação, a idade do bem e/ou sua aparência.

Analogamente, temos presenciado uma época de substancial depreciação dos costumes de boa moral, talvez porque alguns os julguem antiquados. E sobretudo, de ampla promoção aos estereótipos e/ou exemplos de beleza que a sociedade moderna presume ser conveniente. Mas, qual a causa de tudo isso?

A mídia e o modelo de vida consumista deste século têm fomentado o culto exacerbado às aparências. Tanto na valoração do homem enquanto individuo quanto no estilo de vida das pessoas. Assim, não é por acaso que nos famigerados programas de TV, apenas coexistam personagens esbeltas, bonitas, ricas, inteligentes, etc. Isto dá substancia a tese de que foi criado um mundo paralelo, de pessoas perfeitas, que subsiste alheio à nossa realidade.

Outrossim, não compartilho com a idéia de que apreciar a beleza seja um ato egoísta, porém, imagino que isto não deve monopolizar as relações humanas ou ainda se transformar no aspecto principal para a avaliação de um ser. Assim, como diz um velho sábio: "A beleza interior também é importante."

Então, se você não se enquadra nos padrões de beleza, que o mundo contemporâneo tem ostentado, fique tranqüilo, apesar da mídia, ainda há pessoas sensatas e/ou sensíveis. Que dão valor ao conteúdo e não a forma.

Do autor, Jonata. Obrigado.

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