Total de visualizações de página

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A natureza não humana





Quando eu era criança e assistia filmes e desenhos animados repletos de vilões que articulavam todo tipo de trama e/ou realizavam toda sorte de maldade. Sempre enveredados pelo desejo de alcançar objetivos malévolos, eu realmente me assustava, e ficava a me perguntar, será que um dia isso vai ser possível? Mas, tudo aquilo tinha um lado bom, era apenas a imaginação aflorada de um autor (diretor) com muita criatividade. E no outro dia tudo se acalmava, pois algo mais recente sempre tomava conta dos meus pensamentos. Mas, os anos se passaram, alcancei a idade adulta, e volta e meia, vem à minha cabeça, o seguinte questionamento: Ei, do que mesmo são feitas as pessoas?

A rigor todo mundo tem um lado bom e outro ruim – e isto é fruto da imperfeição - mas a depender do desejo e da motivação intrínseca do coração de cada individuo poder-se-ia alcançar um equilíbrio desejável, aceitável e necessário a uma vida pacífica em sociedade. De forma que o lado mal ficasse mais suprimido que dominante. Como acontece com a maioria das pessoas. Assim, eu imaginava que a vontade de viver bem, fazendo o bem, suplantaria muitas ações iníquas.

Concordemente, a abrangência dos absurdos de que se tem noticia ultimamente me fizeram reconsiderar a ideia  E devo dizer: nada mais me surpreende, dada a gama de atrocidades que se torna mais freqüente a cada dia. A questão é que algumas dessas práticas abomináveis tem envolvido a vida e o futuro ou fim de povos inteiros. E isto me deixa decepcionado.

Acresce que o humano é a única especie dentre todos os animais que pratica a maldade para o seu próximo. Até mesmo animais ferozes e imponentes como o leão ou o tubarão - só matam para comer e atacam apenas para se proteger.

Ben Ali, Hosni Mubarak e Muamar Kadafi, são figuras exóticas. Mas, essa não é a única semelhança entre eles. Todos são chefes de estado, ou melhor, ditadores que infligem (ou infligiam) à sua população condições de vida subumanas e que estão dispostos a tudo para se perpetuar no poder, até mesmo o inimaginável: o genocídio.

Diferente da essência de crimes hediondos praticadas por criminosos comuns de menor poder que variam de acordo com o tipo de motivação particular do individuo, e claro tem menor proporção. Mas nem por isso são aceitáveis. Não raro, crimes de genocídio são covardes. E usualmente tem motivação política, étnica e material. Mas como e por que alguém se faz capaz de cometer atos dessa magnitude?

Bem, o dinheiro, a intolerância racial e o poder figuram como os principais catalisadores das reações obscuras que tem modificado a essência da alma de algumas figuras "humanas". O maior exemplo disso talvez seja um dos personagens mais sombrios da historia. Adolf Hitler, que acreditava que sua raça era superior e que se fazia necessário realizar uma “esterilização” no seu povo, ou seja, dizimar quem não fosse alemão. Mas a história se ocupou de dar a este o seu devido lugar, bem como estigmatizar o Holocausto como um dos acontecimentos fúnebres a nunca serem esquecidos a fim de que ninguém jamais o pudesse repetir.

E de fato, fiquei esperançoso e investido dessa ideia salutar e inocentemente imaginei que isso ficaria num passado longínquo, porém os ditadores do norte da África inovaram e atribuíram um novo conceito à palavra “monstro” ao abrir fogo contra o seu próprio povo, e o exemplo mais recente disso fora a ação do ditador Muamar Kadafi que atirou contra os cidadãos de Bengazi. Assim, pessoas como estas devem ser classificados em outra condição que não a de seres humanos.

Se a imperfeição já patrocinava as maldades do ser humano, a influência do Diabo tem imprimido ainda mais crueldade aos atos iníquos de muitas pessoas, essencialmente aquelas que vivem apartadas de Deus. Resta observar, que esta situação é momentânea. E que dentro em breve estaremos livres das conseqüências da vida de um mundo cada vez mais ímpio. - Salmos 37:10,11

por Jonata Souza, Obrigado.

Coloque está página nos seus favoritos, aperte as teclas CTRL e D

Nenhum comentário:

Postar um comentário