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terça-feira, 22 de março de 2011

Alô bons costumes, alguém sabe onde estão?


Não faça aos outros, o que você não quer que façam pra você. Com algumas variações, assim poderíamos definir a mais importante das regras do bem viver. A célebre regra de ouro.

Historicamente, o povo brasileiro tem demonstrado certa falta de etiqueta no seu trato diário. A falta de educação é tão usual que o desprezo pelas regras de convivência já não constrange. Pelo contrario, já faz parte da rotina ver um ou outro individuo dispensar lixo nas vias públicas, não dar bom dia ou não pedir desculpas.

É embaraçoso admitir, mas se fossem apenas essas as implicações do espírito individualista que contagia os inquilinos do século XXI, notadamente viveríamos melhor. Mas, a natureza do homem infelizmente  aperfeiçoou a arte de enganar, transgredir e passar por cima de regras etc.

Mas, talvez você se pergunte: como chegamos a este ponto?

Bem, o erro está na base da família e da infância. A cada dia o sistema forma pais mais permissivos, que em virtude do sustento diário relegam a criação de seus filhos a estranhos. E no pouco tempo que passam juntos. Não educam, não ensinam o respeito ao próximo ou valores como a honestidade e o caráter. Pelo contrario, incutem nos pequeninos a famigerada e malfadada regra do “primeiro eu”. Já a escola não tem realizado o seu papel elementar de criar nas crianças uma consciência cidadã. De modo que estas desenvolvam valores como o respeito aos mais velhos e a preservação do patrimônio público etc.

Desde os primórdios da história, o homem tem vivido em comunidades, grupos, organizações, sociedades. E isso deveria suscitar o aprimoramento das relações humanas. Infelizmente não é isso o que se tem observado.

É categórica e distinta a capacidade que o homem tem de se aperfeiçoar a cada momento, de aprender com suas experiências, de se reinventar de acordo com as circunstâncias. Em conformidade com o que parece melhor para o alcance de seus objetivos. E ás vezes voltar atrás, tentar de novo, mudar o rumo, a fim de alcançar a satisfação. Contudo, o homem moderno parece não dar importância ou ter esquecido em algum lugar no passado o ingrediente mais necessário à manutenção das relações humanas. O respeito mútuo.

Assim, no cenário do mundo contemporâneo, a atitude das pessoas revela pouca ou nenhuma disposição para a prática de ações altruístas, pois a utilização de boas regras de convivência pouco as seduz. No ritmo atual das coisas parece insensato ou até mesmo desvantajoso perder tempo pensando nos outros.

Porém, o que muitos não percebem é que prejudicam a si mesmos, quando se furtam de praticar o verbo viver, harmoniosamente, ao passo que buscam de uma maneira insana e penosa objetivos explicitamente materiais às custas do mal estar de outros.  Mas nesse longo caminho, muitas vezes sem nem nos darmos conta, muitas coisas são perdidas. Alguns chegaram a conclusão de que todo esse esforço não compensa o tempo que se perde por se isentar da vida, que nada substitui a felicidade que se pode obter de saborear momentos simples, porém singelos e capazes de trazer felicidade.

E a era do capitalismo tem desempenhado uma função primordial neste processo, já que potencializou nas pessoas um comportamento declaradamente egoista. E se de um lado contribuiu para o desenvolvimento de inúmeras tecnologias - sem dúvida um grande avanço - do outro instituiu uma cultura extremamente  individualista. Que notadamente colaborou para a decadência das expressões de afeto, até então características principais dos seres humanos.

por Jonata Souza. Obrigado.

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Catástrofe no Japão 2011, um flashback do passado recente




Uma catástrofe maiúscula é assim que poderíamos categorizar os eventos que acometeram o Japão na última semana. Tragédias assim não são novidade na história do homem, mas o que dá a esta última a feição de um drama, é que ao contrário de outras tantas – como no Haiti (considerado pais de 3º mundo) em 2010 – este infortúnio abalou as estruturas de um povo organizado e metódico, que goza do status de ser uma das super potências do mundo moderno.

Este Japão, que se recuperou surpreendentemente dos efeitos cataclísmicos da 2º Guerra Mundial, ocupa o rol particular dos países desenvolvidos, e para muitos ostentava um sistema antitragédias peculiar e muito eficiente para suportar acidentes naturais ou pelo menos amenizar os efeitos destes. No entanto, os desdobramentos deste fatídico maremoto trouxeram à tona a fragilidade do homem – mesmo o mais preparado deles - frente às forças da natureza.

Esta destruição vai muito além da estrutura física de um pais:  da economia; dos meios de transporte ou da capacidade de mobilização e intervenção do governo, envolve muito mais do que pilhas de concreto e ferro retorcido. Embaixo daquele mar de lama estão às esperanças, os sonhos, a dignidade e o luto de um povo machucado. Que rememora como num flashback o evento caótico das duas bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagazaki.

Mas, prova isso que a autossuficiência tão comemorada pelo homem moderno era apenas ilusão? Julgue os fatos.

Já faz tempo que o homem se permite viver sem a orientação de Deus, ou melhor, muitos até, nunca consideraram real a existência de um ser superior – uma pessoa espiritual inteligente que projetou o universo – dada a gravidade dos acontecimentos que nos sobrevém nestes últimos dias. Muitos entendem que se existisse um Deus ele não permitiria tanta maldade, contudo se desapercebem que há um malfeitor por trás de todos estes danos causados à humanidade, Satanás, o Diabo.

Outros tantos mergulhados num oceano de orgulho se acham capazes de guiar a sua vida sem a orientação divina, se acham superiores às custas de suas riquezas. Mas surge a pergunta, o dinheiro pôde salvar aquelas vitimas no Japão?  Terceiro pais mais rico do mundo.

Ora, o espírito materialista que permeia a humanidade no século XXI é evidente, as pessoas são julgadas à base do que tem, e não do que são – caráter, virtudes, comportamentos éticos - não importam tanto. Porém, a maioria ainda não se deu conta de que o sistema de coisas neste mundo tem natureza fugaz, nada é plenamente confiável, na medida em que tem caráter transitório e não pode oferecer real segurança para quem quer que seja.

Muitos realizam repetidos e/ou desmedidos esforços com vistas à consecução de objetivos pueris, se esquecem de viver, não priorizam uma relação achegada com o Criador do universo, relegam família e amigos em busca de uma suposta felicidade, baseada em algo tão volátil e duvidoso como o dinheiro e os bens matérias. Entretanto não percebem que esta relação não é mutua, não é sólida, não é recíproca. O dinheiro não salva ninguém e nem pode trazer pleno contentamento ou satisfação.

De outra maneira, quem tem uma relação achegada com Jeová, ainda que sofra as conseqüências deste mundo atribulado, tem a expectativa vívida de mudanças futuras e iminentes que podem sim trazer verdadeira felicidade. Deus é justo, o dinheiro não. É preciso refletir nisso.

por  Jonata Souza. Obrigado.

terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março...?




Bem, eu imaginava que o meu próximo post adentraria no mundo fantasioso dos usos e costumes da ética na vida moderna. Mas quase que num sobressalto, fui tomado de surpresa ao ouvir  no rádio, uma noticia que acenava para o Dia Internacional da Mulher. Este é normalmente recheado de aparições de autoridades e artistas oportunistas, no intuito de reforçar a idéia, ou o sonho de que direitos iguais são possíveis, que a situação evolui gradativamente, mas que é preciso lutar.

No entanto, neste mês que se perpassa pouco se viu ou ouviu situações assim, e por quê? Será que aconteceu algo tão ou mais importante que isso, algo capaz de mudar a historia da humanidade, a situação de povos oprimidos? Não, isso é só um sonho, trata-se apenas de semana de carnaval, ah essa quase omissão gritante, não foi planejada, nem mesmo desejada, mas apenas inconsciente e instintivamente reveladora. Quase ninguém dá a consideração e importância devida a esse fato, nem mesmo as suas protagonistas, ou será que você percebeu alguma mulher capitaneando movimentos ativistas do gênero nesse período? Porque eu não, a TV era só carnaval, e apenas isso.

Mas quer saber a minha opinião? Discordo definitivamente, não sou a favor de dias internacionais da mulher, do índio, da consciência negra, etc. Não, não tenho nada contra as mulheres, pelo contrario, elas são tudo o que os homens não podem ser, são cheias de virtudes - tem uma percepção mais apurada que os homens - também tem seus defeitos, etc. Mas são essenciais, acho que disso ninguém discorda.

Outrossim, sabe o que todas esses datas comemorativas tem em comum? São dias isolados, em que se faz uma reflexão (ou pelo menos tentam) a respeito da condição de todas essas classes, mas nada alem disso, é, tudo gravita no plano do imaginário, da utopia.

Pesquisas revelam que negros, mulheres e outras minorias, que nas suas atividades seculares realizam exatamente as mesmas tarefas que homens brancos, ainda tem uma diferença constrangedora de salários. Será que isso é conseqüência da melhor formação daqueles? Não é isso que os dados revelam. Hoje as mulheres já são maioria nas universidades brasileiras, já provaram que podem administrar uma família e ao mesmo tempo uma carreira. Mas por que então esta situação desigual persiste? Bem eu poderia resumir isto em poucas palavras. Preconceito? Medo? Protecionismo? Você pode escolher.

De maneira que, enquanto perdurarem estas datas comemorativas, terei a exata sensação de que a situação não evoluiu nem mesmo um centímetro. Tratam-se apenas de atos ilusórios, representações eficazes na arte de ludibriar e amainar os ânimos dos que clamam por justiça, por melhorias. Porém a sensatez indica que direitos iguais caminham juntos com obrigações, deveres, etc. Assim não basta lutar por um mundo melhor, com mais opções, sem, contudo oferecer a contrapartida adequada ao contexto de uma vida justa em sociedade. Por ora externo a minha quase exígua expectativa de que tão cedo, o que está ai, não vai melhorar.

Do autor, Jonata, Obrigado.